sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

o fim é começo, que óbvio ( ! )

Pure Morning
Placebo
A friend in needs a friend indeed,A friend with weed is better,A friend with breasts and all the rest,A friend who’s dressed in leather,A friend in needs a friend indeed,A friend who’ll tease is better ,Our thoughts compressed,Which makes us blessed,And makes for stormy weather,A friend in needs a friend indeed,My Japanese is better,And when she’s pressed she will undress,And then she’s boxing clever,A friend in needs a friend indeed,A friend who bleeds is better,My friend confessed she passed the test,And we will never sever,Day’s dawning, skins crawling Pure morning, And we will never sever,Day’s dawning, skins crawling Pure morning

sempre fui eu quem foi embora, desta vez é diferente. é ele quem vai. mas resta a música, é nossa musica, nossa pira que seria massa congelar o tempo . e pior, é ter conciência disso. a conciência nos tranforma em seres que enchergam a realidade, mas nao a quero enchergar se ela faz q as coisas mudem quando nao deveriam. apesar desse desejo do impossível, era claro q o q aconteceu e vai acontecer tinha q acontecer. por isso, como já falei, nao sinto mágoa, só quero q ele seja feliz, seja livre. seja por fim vc como vc quer ser.
o amor é uma questao de ponto de vista. nao consigo amar e ser egoísta, nem muito menos dizer q amo, nunca falei mas ele sabe disso. o ponto de vista de quem ama e vai embora sao sempre novos horizontes. novas pessoas. uma nova vida. a de quem fica, é a da despedida e o vazio. Novas experiencias, como a de perder e ficar, de dizer adeus, ou um até depois, sao parte de um novo começo q espero q venham com novos modos de ver. realidade nao ilusao. nem começos nem fins. q o tempo seja espiral, como no outro lado do mundo, e q voltemos a nos encontrar.




*

revisitando a Paupéria

Ricardo Aleixo (MG- 1960)

Paupéria Revisitada

Putas, como deuses,
vendem quando dão.
Poetas, não.
Policiais e pistoleiros
vendem segurança
(isto é, vingança ou proteção).
Poetas se gabam do limbo, do veto
do censor, do exílio, da vaia
e do dinheiro não).
Poesia é pão ( para
o espiritu, se diz), mas atenção:
o padeiro da esquina balofa
vive do que faz; o mais
fino poeta, não.
Poetas dão de graça
o ar de sua graça
(e ainda tocam
- na companhia das traças –
de tal “nobre condição” ).
Pastores e padres vedem
lotes do céu
à prestação.
Políticos compram &
(se) vendem
na primeira ocasião.
Poetas (posto que vivem
de brisa) fazem do no, thanks
seu refrão.

entao, esse poema é muito legal. descubri ele nas pesquisas do meu futuramente fracassado grupo de estudos de poesia so séculos XX e XXI. nao sei q mais comentar... foda, ma sjá valeu pelo poema.

5ta Bienal de Arte e Cultura da UNE: praia, sol, pão e circo.

A 5ta bienal da UNE (União Nacional dos Estudantes), que aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 28 de janeiro e 2 de fevereiro como o tema “Brasil e África, um rio chamado Atlântico”, foi marcada pelos shows, festas e manifestações culturais. É, a cultura em ultimo lugar mesmo, e quem dirá da discussão sobre o assunto. Mas, não sejamos tão estritos, quê é cultura ao final das contas?
Ainda assim, sem cair em relativizações de questões complicadas, não é possível afirmar que a discussão foi completamente nula, mas de fato não foi o ponto central do encontro, já que ela foi concertada em eventos que aconteceram paralelamente ao planejado pela organização. De certa forma a discussão política, aquele bicho papão que faz maioria dos estudantes se arrepiam com só escutar, foi proposta pela Une através dos eventos que organizou, ou seja, a direção foi a não discussão, pelo velho e ainda eficaz pão e circo para o povo, neste caso, os estudantes.
Também pode ser pretensão pensar que as pessoa quereriam perder seu tempo participando do evento, fechados numa sala no calor de 39 graus, com as belezas naturais, praias de novela das 8 (na que verdade passa às 9) e tantas outras coisas que a cidade tem a oferecer, é que jogue a primeira pedra quem queira culpa-los.
A passeata pela retomada do terreno onde estava a sede original da UNE no Flamengo foi uma exemplo disso. Hoje o Movimento Estudantil, apesar da tão falada crise, movimenta muito pessoas (que redundância!), o problema é saber como é feita isto e se as pessoas sabem que quando apóiam a Une em este tipo de eventos ou cantam em coro o grito da UJS sabem realmente que significado e que implicações isto tem. O fato de que durante o ato diferentes formas de manifestação não foram aceitas, como a faixa levantada por alguns estudantes contendo a seguinte mensagem: “Une + Globo = $” e que foi arrancada das mãos por membros do grupo político que hoje dirige a Une, só foi uma demonstração explicita de como a Une não é exatamente o lugar mais democrático de manifestação.
O problema em questão é quando não se percebe que existem manipulações políticas poderosas atrás de tudo isto, e que no momento em que participamos de um evento como este, de certa forma somos parte uma vez mais da massa manipulável: acrítica e apolítica. Ou seja, se os estudantes querem fazer turismo no rio de janeiro por 50 reais em pleno verão, façam, mas que tenham consciência da sua posição frente a Une e as forças que a promovem.
Não pretendo falar contra o Une, só penso nos fatos que presenciei naquela semana, e como militante do movimento estudantil me fazem pensar que o movimento precisa tomar outro caráter urgente: se por um lado nos negamos a usar aquela que seria nossa voz frente à sociedade compactuando conscientemente ou não disso, por outro nega-la ainda não me parece a melhor escolha. Mas cada um com seus problemas, opções é que não faltam, faça a sua.

texto pro boca do inferno.... foi mal

A poesia contemporânea parece-nos quase sempre suspeita, sem o mesmo valor dos clássicos que estamos acostumados a ler nas aulas de literatura. Porém cada obra e cada autor tem seu contexto, comparações só podem trazer decepções. Pensando nesta poesia que, segundo muitas vozes está em crise, é necessário um olhar mais apurado para achar alguma que prometa algo interessante. A crise parece ir no sentido da busca de um lugar de enunciação, pois, como vemos pelas ruas de nossa cidade, poetas não faltam, poesia há. A qualidade dela é outra questão.
Este lugar novo é necessário, pois nossa poesia atual tem um ar cansado, por vezes muito meta-poético por outras carregadas sem necessidade dum experimentalismo que não faz sentido. Sentido fazia quando haviam bandeiras para serem levantadas, talvez hoje elas não existam como projeto estético ou social coletivo. São na verdade individuais, e, portanto, não dignas de serem chamadas de bandeiras.
Tudo isto para falar do ultimo livro de nosso colega de curso Jeferson Alves Bandeira: Ironia Fugaz. Este seu quarto livro é uma mostra da evolução poética do autor, que em essência continua sendo a mesma linha poética três anteriores, só que desta vez a materialidade das palavras, seu som, recebe um papel de protagonista.
Assim, o trabalho de versificação é interessante e em certa medida consistente no livro todo. O “eu” poético se confunde profundamente com a voz do autor, até o ponto em que são transparentes suas leituras dos poetas canônicos: Bandeira, Drumonnd, Gabriela Mistral e em medida mais leve Neruda.
Para quem já leu os livros anteriores, se surpreenderá pela diminuição do caráter lírico, que se derramava pelas paginas uma retórica muitas vezes vazia, mas claro, neste novo trabalho não abandona totalmente lirismo, só toma um ponto de vista distinto. Nessa procura por um lugar de fala, o “eu” lírico consegue mais força, mais segurança no trato verbal e como grande temática do livro poderíamos resumir como um embate desse “eu” e a maneira com que o mundo é olhado, não exatamente com o mundo: “eu” contra “eu”. Isto porque cada situação vivida e retratada nos poemas passa pelo filtro desse olhar individual, carregado de ironia e resignação, por isso fugaz.
Sua poesia é baseada no verbo, é tem a cara da poesia feita por necessidade interior de expressar aquilo que não se diz de outra forma. Uma leitura interessante para observar o caminho poético e a evolução de olhares, mas podem esperar, daí vem mais...

é, (re)revivendo mortos

então, como sou uma pessoa muito besta e lesada mesmo, o outro blog não deu certo pq alguma desgraça eu fiz com a senha... não é a primeira vez q faço isso.
acho q minha conciência está muito expandida ultimamente, deve ser isso mesmo.
prometo q vou escrever o máximo possível, o problema é q começo achar meus próprios post muito chatos. mas esse já é outro problema.
bom, como esse é o primeiro não preciso, necessariamente escrever alguma coisa coerente. ou de fato escrever alguma coisa.
bom, é isso.