sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

revisitando a Paupéria

Ricardo Aleixo (MG- 1960)

Paupéria Revisitada

Putas, como deuses,
vendem quando dão.
Poetas, não.
Policiais e pistoleiros
vendem segurança
(isto é, vingança ou proteção).
Poetas se gabam do limbo, do veto
do censor, do exílio, da vaia
e do dinheiro não).
Poesia é pão ( para
o espiritu, se diz), mas atenção:
o padeiro da esquina balofa
vive do que faz; o mais
fino poeta, não.
Poetas dão de graça
o ar de sua graça
(e ainda tocam
- na companhia das traças –
de tal “nobre condição” ).
Pastores e padres vedem
lotes do céu
à prestação.
Políticos compram &
(se) vendem
na primeira ocasião.
Poetas (posto que vivem
de brisa) fazem do no, thanks
seu refrão.

entao, esse poema é muito legal. descubri ele nas pesquisas do meu futuramente fracassado grupo de estudos de poesia so séculos XX e XXI. nao sei q mais comentar... foda, ma sjá valeu pelo poema.

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